As consequências da decisão da Prefeitura de São Paulo de cortar 20% da verba para a varrição de ruas já estão expostas. Em menos de um mês, já podem ser vistas em vários pontos da cidade. São montes de entulho que amanhecem debaixo de viadutos e espalhados pela capital, atrapalhando até a passagem de pedestres.
No 7 de Setembro, vias do centro, como a avenida São João, viraram vitrines de sujeira. Com a chegada da estação chuvosa, a situação vai degringolar. O acúmulo de lixo atrapalha o escoamento de água e provoca mais enchentes. E isso não é só teoria: as duas marginais ficaram inundadas com o toró de ontem, e o trânsito da capital entrou em colapso.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) diz que precisava fazer cortes por conta de uma queda na arrecadação. Segundo ele, é melhor cortar dinheiro da varrição do que da educação ou da saúde. Pode ser. Mas e a verba para propaganda da prefeitura? Nesta ele não encostou o dedo. Será que publicidade é mais importante do que a limpeza das ruas?
As empresas de varrição afirmam que, por conta do corte, já demitiram 1.500 funcionários, de um total de 8.500. E ameaçam demitir mais. Cerca de R$ 22 milhões deixaram de ser aplicados no setor. Kassab, porém, nega que São Paulo vai ter menos garis e quer aumentar a fiscalização.
Kassab diz que a sujeira é culpa das empresas. As empresas dizem que a culpa é de Kassab, que cortou a grana da varrição. E a população é que sofre as consequências de tanta irresponsabilidade.
Rapidinha na facu...
Até Mais 0/
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