Histórias do Metro 9 - O Blade Aposentado

Saudações compamheiros de Taverna! Após uma longa viagem (ou preguiça mesmo) venho com mais um conto das histórias de metro. Está é a segunda parte das três histórias sobres os seres magicos vestidos de power rangers no metro, e hoje digo, cuidado edward, pois blade está a solta...

(Vai encarar?)

Antes de falarmos desse outro Monstro Sagrado encontrado no metro vou lhes fazer um desabafo.

Eu tenho que confessar uma coisa: Sou um cara estressado. E quando estou estressado, às vezes fico mal educado. O bom é que só fico mal educado com quem também é mal educado comigo. E essa semana eu estava assim.

Fui para o metro Itaquera e acabei conseguindo um lugar para sentar. Portanto estava eu sentado sossegado, de olhos fechados, quando chegamos à estação, foi então que a correria para entrar começou. No meio da muvuca diversas coisas aconteceram inclusive uma excelentíssima senhorita que simplesmente amassou minhas nozes (vozes entenderam..) com sua sacola. Agora vejam o meu ponto de vista: Eu sou educado e pelo menos seguro as coisas dos outros se vejo necessidade, mas depois que a mulher quase me esterilizou eu simplesmente ignorei a existência dela e continuei de olhos fechados fingindo dormir (uma puta falta de sacanagem!).

O povo continuou doido por um lugar para sentar, teve até o caso de uma mulher que correu e acabou sentando no colo de outra que foi mais rápida do que ela, ela ficou com aquela cara de tacho olhando para outra em que acabara de sentar. No meu ponto de vista poderia haver um pouco mais de educação e entrar em acordo, ao invés de ir pela lei do mais rápido.

Agora para continuar meu desabafo. Se existe uma coisa que eu odeio é celular com alto falante, o conhecido MP 100, que toca musica, vídeos, frita ovos e cuida dos seus filhos também, sabe porque? Simplesmente porque foi à maior desgraça que o ser humano já inventou. A combinação de funkeiro, ônibus e MP 100 faz com que você tenha que ouvir aquela musica advinda do inferno quando você menos esperar, no volume maximo ainda por cima, sem falar no caso quando eles ainda cantam (é pior do que ser atropelado por um caminhão transportando toras de arvores em chamas).

(antes isso do que funk no busão...)

Pior ainda é barraco no onibus, como quinta feira passada, quando uma mulher quase espancouy o motorista porque ele não queria abrir aquele banco para cegos, que estava quebrado, portanto amarrado com uma corda, para que uma senhora sentasse.

O pau comeu solto e o motorista dizia que ela era amiga dele e que estava conversando com ele, explicou que estava quebrado, explicou um monte de coisas, mas a mulher continuo a xingar o cara, falando que ele tinha que ser gente para trabalhar com gente e etc. O motorista perdeu a paciência e depois que ela o chamou de folgado e lançou algo que me faz bater palmas: “folgado é a senhora que nem pagou a passagem de seu filho”. A mais pura verdade. Ai a mulher ficou roxa, disse que não ia pagar mesmo e que ia anotar o numero da lotação e finalmente desceu após longos 10 pontos de briga (e gritaria e funk comendo solto na droga do celular do funkeiro).

Mas vamos direto ao assunto: O Blade Aposentado.

Quem ai gosta de crepúsculo? Se você gosta tenha cuidado redobrado, pois ele existe e está ai a solta, caçando todos os vampiros que coloridos (fãs do Restart) que estão à solta, principalmente os que brilham.

Eu estava de férias de meu trabalho, mas precisava da assinatura de um documento no mesmo, então fui ao 12:00 para o Anhangabaú, sem quaisquer problemas, com o metro vazio, mas ao chegar na estação patriarca sinto uma presença estranha. Era um som de cloc-cloc como se alguma coisa pesada estivesse logo a minha frente caminhando sobre um piso de madeira. Achei estranho, foi ai que virei para olhar...

Para quem nunca assistiu “Blade: O caçador de vampiros”, ele é representado por Wesley Snipes, que é um negão de 1,90m de altura, largo feito uma arvore, com um bigodinho de canastrão, cabelo cortado quadrado, sempre de óculos escuros, mal encarado, com um sobretudo negro e uma espada sempre em mãos, para o caso de precisar cortar cabeças sugadoras de sangue.

(Olha o cara ai...)

Malvado não? Agora comparem:

O que eu vi foi o mesmo negão, de óculos escuros e bigodinho canastrão, 1,90m de altura, mas o que me deu mais medo foram os atributos que estão diferentes. O cabelo quadrado tinha sido pintado de loiro, estilo o belo. A roupa preta com sobretudo foi substituída por uma roupa branca, como aquelas regatas de axé, e uma calça de estampas coloridas. A espada mata tudo de prata foi substituída por dezenas de sacolas de lojas de roupas e calçados. E o mais bizarro: Os sapatos do cara eram daqueles estilo anos 80, com salto inflável, de 15cm, sendo que ainda eram customizados com os dizeres “Rio Branco”.

Claro que eu contive meu riso. Quanto mais olhava mais ficava em duvida se sentia medo ou se dava risada, o cara tinha 1,90 e ainda tava de salto alto, chegando a 2 metros, fazendo cloc cloc e ainda estampado em letras garrafais “Rio Branco”.

O mais engraçado é que o ar maligno continuava pois ele estava com aquela cara de mal, até na hora em que sentou a mulher que estava do lado deu uma olhada de cima a baixo e se encolheu mais ainda contra a janela do metro.

A viagem seguiu e todos os que entravam paravam e olhavam principalmente para os sapatos, não tinha como não olhar. Teve até um moleque (um pestinha) que disse: “Olha lá mãe!”. E Não tinha como não fazê-lo.

Bom, o silencio imperava até a hora em que o cara desceu (ainda fazendo cloc-cloc), daí em diante o povo que tava dentro começou a comentar e o povo que estava do lado de fora se calou para olhar. Viu como o que você veste pode fazer com que o mundo se cale perante você?

Agora fica a deixa: quem ai já viu um Power Ranger bizarro no metro? Comentem...