Diário de Campanha – Soterrados!


(Hora de despertar o alpinista em cada um de nós...)
A floresta está mais escura hoje não companheiros? Bem, isso me faz lembrar a escuridão que vivemos no caminho para nossa missão, alias lembram-se de nossa missão? Bom, vamos continuar com ela e veremos como se foram os dias de viagem até nosso objetivo final.



Diário de Campanha – Soterrados!

Aprontamos nossas bagagens para viagem. Pouco foi dito antes de nossa partida, para alguns integrantes do grupo o motivo de justificativa de sua partida seria reconhecimento de território inimigo, já para outros a necessidade de enviar uma mensagem para as circunvizinhanças.
Partimos com um belo estoque de alimentos, pôneis preparados para o transporte dos mesmos e equipamentos para escalada e acampamento. Não levamos muito mais do que o necessário, pois está missão não conta com o insucesso. De fato levamos apenas comida necessária para 6 pessoas por 10 dias, deixando um período posterior a isso aos estoques confiscados do inimigo. Tal pratica se torna necessária para garantir maior mobilidade de nossa equipe e para garantir um animo maior em completar logo está missão.
Caminhamos com facilidade durante dois dias pelas planícies dentro do perímetro seguro pelas 7 legiões em Anatólia. Foi um momento agradável onde relembramos velhas canções, falamos com certo otimismo das batalhas que se seguiriam nessa guerra, discutimos sobre experiências passadas entre outras coisas. Dentre todos os presentes os dois que menos confraternizaram foram Kavenagh e Krusk. Ambos estavam incomodados com a aparição de um assassino e a possível presença de um informante no exercito inimigo, Krusk não entendia muito bem a magia e ficava assustado pela amnésia proporcionada a ele pelo vilão. Nestes dois dias conhecemos um pouco mais nossos companheiros. Sam é jovial e humilde, mas um pouco humilde demais para minha conta, chegando a ser um pouco pessimista. James, ao contrario de seu primo é muito autoconfiante e esbanja sorrisos e boas histórias. A meu ver, fora uma das pessoas mais interessantes de se conversar durante a viagem, apesar de manter meus bolsos a uma distancia segura de sua celeridade. Raldor provou não ser tão chato quanto pensei, apesar de a maior parte do tempo cavalgar a frente de todos como se fosse o líder natural, percebemos que nada importa mais para ele do que nosso bem estar, orando toda a noite para o panteão por nosso retorno. Krusk e Kavenagh se mantiveram calados por um tempo, até o momento em que cantamos algumas canções antigas e conversamos sobre nossas experiências passadas e antigos amores.
No terceiro dia de viagem tivemos nosso primeiro contratempo. Usando uma das trilhas comerciais encontramos uma caravana em chamas, Mata-Ogro se aproximou furtivamente da mesma e viu o seguinte: Não havia sobreviventes nas proximidades, e a apenas alguns metros goblins se deliciavam com os espólios do saque. Eram 3 deles para cada dois de nós. Não seria um combate difícil se usássemos de estratégia. Após nos posicionamos dois em cada lado das ruínas da caravana enquanto o Mata-Ogro e James Flecha de luz subiam na parte do carroção que não havia sido consumida pelo fogo.
O combate se seguiu logo após uma saraivada de flechas e adagas que abateram vários de nossos oponentes. O que não contávamos era o fato de haver mais deles escondidos, no caso dois tratadores com cães de aparência infernal que logo saíram em disparada da caça: nós. Kavenagh saltara e iniciara combate com a linha de frente inimiga junto de Raldor, ambos habilmente paravam duas ou até mesmo 3 espadas curtas inimigas, mas com tamanhos números era difícil causar danos notáveis. Sam e Krusk avançaram contra o flanco direito da linha inimiga e graças a força descomunal do bárbaro romperam a linha de frente. Com isto Krusk avançou direto contra os Cães caçadores e seus tratadores, enquanto Sam correu para socorrer os dois guerreiros que combatiam habilmente. James ainda estava em cima do carroção e analisava a formação inimiga buscando uma oportunidade. Eu então iniciei uma canção para inspirar meus companheiros em combate, assim entoei uma canção sobre a façanha do grande Kelvin que combatera o poderoso duque de Laubholz apenas com a ajuda de seus filhos Charles, com sua infantaria leve, David e seus arqueiros e Philip II com sua cavalaria élfica e mesmo em menores números conseguira a vitoria e a pacificação de todo o continente.
O combate se seguiu por longos minutos, lentamente o inimigo caia com os golpes de nossas espadas. O centro da formação inimiga tombava rapidamente graças a pericia de Mata-Ogro e sua espada dente de dragão que dilacerava carne como manteiga. Krusk estava em apuros com os cães caçadores e mesmo seu machado não abalava a fúria dos mesmos. Se não fosse pelo socorro de Sam que abatera o treinador deles ele talvez não visse mais um amanhecer. Raldor já exauria suas forças em combate, o líder inimigo instruirá parte de seu contingente apenas para alvejar o Paladino que sobrevivia como podia isolado do grupo. Vendo esta situação saquei meu sabre e fui ao seu socorro auxiliado por James que avançara velozmente pelo buraco no centro do campo de batalha e visava a garganta do comandante inimigo.
Com mais alguns minutos conseguimos a vitoria, infelizmente o combate fora duro demais para se fazer prisioneiros e os únicos sobreviventes foram os cães que obtiveram sua liberdade dos maus tratos dos goblins.
Nos dois dias que se seguiram tratamos nossos companheiros feridos e avançamos em terreno de difícil movimentação. Nossos pôneis já não mais seriam úteis para avançarmos montanha acima, mas nossas mochilas já estavam mais leves com o consumo de nossas provisões, então liberamos os pôneis na pastagem. Abastecemos nossos odres em um riacho próximo e começamos a subida. A montanha avançava em espiral até o momento em que escalaríamos para chegar ao vale do outro lado. Foi então que o destino nos colocou a prova mais uma vez.
Enquanto contornávamos a montanha avistamos logo abaixo bandeiras de um contingente inimigo. Logo que avançamos para não sermos avistados ouvimos o soar de trombetas inimigas e a uma perseguição frenética. Não contávamos com a presença de tropas inimigas tão próximas, ainda mais um batalhão orc. Éramos 6 contra 100, fugimos montanha acima, mas os inimigos fizeram a travessia do terreno muito mais rápido que nós, forçando medidas desesperadas. Kavenagh nos liderou até uma caverna onde não mais do que 4 pessoas poderiam entrar lado a lado e nos fez preparar uma armadilha: provocaríamos um deslizamento!
(sujeitinhos incovenientes...)

Preparamos apressadamente uma rocha para lançá-la caverna a fora logo assim que as tropas inimigas parecessem e depois atacaríamos os remanescentes na medida do possível. Nesse momento desesperador cada um de nós podia sentir a tensão causada pela a probabilidade da morte que se aproximava na forma de combatentes intolerantes e ferozes.
Nossa armadilha foi a nossa salvação, mas também se tornara nosso martírio. Com certeza pude ouvir Raldor se perguntar se Olimdammara, o ladrão sorridente, pregara mais uma de suas peças em nós. Nossa armadilha abateu os 8 primeiros inimigos que ousaram entrar em nosso refugio, mas assim que a enorme rocha rolou e os acertou, ricocheteara em um estalagmite e acertara a lateral da entrada da caverna causando um desmoronamento.
(solução ou desastre?)

Quando a poeira abaixou contamos os presentes, ainda éramos 6, todos intactos podíamos ouvir os brados de fúria do comandante orc ao mesmo tempo que se indagava se morremos soterrados ou se morreríamos de fome ali dentro. Reunimos-nos e avaliamos a situação. Tínhamos que escapar de algum jeito.
Entramos um consenso: Krusk, James e Raldor trabalhariam na remoção das pedras para uma fuga um tanto tardia, rezando aos deuses para que os orcs acreditem mesmo que estamos mortos. Enquanto os outros explorariam a caverna em busca de uma saída. Tínhamos que correr, pois nossos alimentos durariam mais 6 dias se usados com moderação e o trabalho de remoção demoraria muito mais do que isso...

Comentários

  1. Vilebalde me desculpe desta vez, mas está mui longo para eu ler ... to com pregucinha ... mas depois eu leio

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  2. O rei dos castelo ouve seus suditos a hora em que a majestade quiser, que pode dizer um humilde bardo contra a vontade real?

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