Diário de Campanha – Como matar alguém que já está morto?

Quem nunca gostou de uma boa caverna? Afinal o D&D sempre tem uma dungeon assim, agora voce ficar preso em uma caverna sem comida é outra coisa... Vamos ver como os PJs sairam dessa enrascada.



(Magia mais criaturas malignas = Magia maligna do mal...)





Diário de Campanha – Como matar alguém que já está morto?

Bem onde estávamos? Ah sim! Quando fiquei preso dentro da caverna. Aquela foi uma das piores sensações que já tive, por minha inexperiência e pela falta de alimentos também. Ouçam amigos como escapamos daquela armadilha de pedra:

Decidimos dividir o grupo. Enquanto O bárbaro Krusk, o ladino James e o paladino Raldor trabalhavam na remoção das pedras que desabaram na entrada, Kavenagh, Sam e eu, Lucius, trataríamos de procurar uma saída, e se possível, algo para comer.

Acendemos nossas torchas e avançamos caverna adentro. Ah que os deuses sejam louvados! Ainda bem que escapamos daquele lugar desagradável! Por todo o lugar o cheiro de poeira e mofo se alastrava.

Após varias escoriações por caminhos estreitos encontramos trilhos. Seguimos ambos os lados, mas ambos estavam obstruídos, o que gerou muita frustração. Mas ai que o olho sempre vigilante de Fharlangn ajudou estes pobres viagantes. Dentro de um dos túneis daquelas minas feitas pelos filhos de Moradin havia uma fresta na parede, escavada rusticamente para que um homem passe abaixado. Avançamos por ela com cautela por quase 100 metros quando nos surpreendemos com a imensidão que havia do outro lado.

Um longo e sinuoso túnel se abria rusticamente escavado, e pelo visto recente, diferente da bem trabalhada velha mina. Kavenagh nos liderou túnel adentro enquanto eu iluminava nosso caminho com meus globos de luz, um truque muito útil em cavernas que aprendi com um velho gnomo. O túnel por vez ou outra nos exibia cadáveres de bodes, pássaros e por vezes humanos.

Caminhamos por quase 2 horas e tivemos vários contra tempos. O motivo descobriríamos depois, mas a medida que caminhávamos, mais e mais armadilhas apareciam. Kavenagh pisara em um fio quase imperceptível no solo e uma seta quase o alvejou, se não fosse seus reflexos com o escudo. Metros adiante paramos de caminhar ao notarmos que o solo mudara de formato, sendo ele totalmente liso. Após 5 minutos pensando no problema descobrimos que as laterais continuavam iguais ao solo em que estávamos, aparentemente seguro. Portanto seguimos em frente.

4 horas depois de nos separarmos encontramos uma cena que quase nos sepultou. Ao fi do túnel, um grande vau se abria na caverna, com quase 40 metros de altura e 18 de largura e 30 de comprimento. Nessa imensidão luzes fracas de torchas revelavam a presença de 4 pequenas criaturas venerando uma enorme estatua de Kurtulmak, o ardiloso. Claro que os adoradores se tratavam de Kobolds.

Pelas suas caras vejo que nunca viram um Kobold não é? Cadetes! Sempre precisando de orientação... Os Kobolds são pequenas criaturas, 1,20 aproximadamente, que se assemelham a lagartos vermelhos. Diz à lenda que os deuses cortaram os membros de uma grande fera mágica e do seu corpo fizeram os dragões e do sangue que escorria acidentalmente nasceram os Kobolds.

O líder deles que vestia uma imponente manta azul enquanto entoava uma canção reptiliana de frente a um altar cheio de carne de animais, ouro e pedras preciosas. Os outros montavam guarda a poucos metros de seu líder, todos a redor de um grande buraco logo abaixo do altar.

Decidimos nos esgueirar e evitar as criaturas, mas os Kobolds são bons armadilheiros, havia um alarme na entrada da caverna e logo vimos a caverna gélida se iluminar em varias fogueiras e outros 6 Guardas Kobolds avançarem formando um semi-circulo a nossa frente.


(10 contra 3 = combate justo?)


Os Kobolds são criaturas espertas, já sabiam de nossa presença. Formamos uma formação fechado para repelir o primeiro ataque, mas logo fomos surpreendidos. O Kobold líder entoava algum feitiço em uma língua indecifrável e só tive tempo de gritar para pularmos.

Do solo teias de aranhas enormes brotavam em todas as direções, formando uma enorme teia. Eu e Kavenagh escapamos rolando cada um para o lado, mas Sam, pobre cadete! Ficou todo emaranhado. Após tal mágica os Kobolds avançavam com suas lanças urrando de felicidades, pois apesar de estarmos livres estávamos separados e com 3 guerreiros para cada um de nós, sendo que um de nós estava incapacitado de lutar.

A batalha foi difícil, tive que me desviar de 3 lanças ao mesmo tempo, entoei uma rápida canção animada sobre um rei que ria da desgraça de seu povo e fora amaldiçoado a rir para sempre, me alegrei ao ver que meu encanto funcionara e meu oponente logo ria descontroladamente. Abati o pobre kobold e consegui varar um de meus oponentes em seu ombro, mas logo me vi totalmente escoriado até que um dos malditos repteis acertara minha coxa em cheio.

Sam fazia o Maximo possível para se livrar das teias, mas elas pareciam se multiplicar. Um cheiro de álcool subia na caverna e tantas fogueiras poderiam causar estrago considerável junto as teias.

Kavenagh fazia boa morte. Combatia 3 oponentes ao mesmo tempo com maestria e apesar de ferido na lateral do abdomem abatera os 2 deles em pouco tempo e se paroximava de Sam enquanto combatia o terceiro.

Como vocês devem imaginar cadetes, havia cheiro de morte no ar, eram muitos kobolds para poucos de nós. Quando meus músculos já não agüentava mais duelas os Kobolds recuavam para formar um paredão de lanças atrás de seu líder que avançava sobre nós. Balas de fundas voaram em direção a Sam que fora alvejado do lado da cabeça e sangrava.

O bruxo Kobold gesticulava e olhava ameaçadoramente para nós, percebi que meus companheiros suavam, Kavenagh logo saira do encanto e mais uma vez avançava contra os 7 kobolds restantes, mas Sam entrara em pânico com o feitiço de medo e se debatia enrolando-se mais e mais nas teias. O kobold lider tentou mais um truque, o conhecido toque da fadiga, uma magia capaz de fatigar um homem saudavel apenas com o toque, mas Kavenagh resistia e mesmo ofegante acertou um golpe poderoso com a lateral da espada atirano o lider para tras da formção de lanças novamente.

Para nossa sorte as teias se desintegraram magicamente e com essa pausa momentânea tive tempo de entoar minha canção de cura sobre a saúde de um velho guerreiro, uma benção divina a boa musica, e suturar os ferimentos de minha coxa. Os Kobolds recuavam em direção a estatua, pareciam planejar algo.

3 deles bloqueavam o mata-ogro e o recruta Sam enquanto outro me desafiava. Já podíamos ver o restante da caverna, sendo que o gelo que se acumulava nas estalactites e estalagmites, assim como no grande buraco já se derretia.

Meu oponente se mostrava formidável e não conseguia cortar a fuga dos outros.

Os outros 5 kobolds recuavam protegendo seu líder que ativava algum dispositivo na estatua, o que nunca é coisa boa, vindo de kobolds. Foi então que Kavengh tivera uma grande idéia!

Trazíamos conosco frasco com poções de cura, água benta e uma bolsa de cola. Kavengh arremessou a bolsa contra seu líder e quase falecera após os ataques de 4 lanças curtas. A bolsa acertou seu alvo e prendeu o mesmo na base da estatua, impedindo-o de continuar o processo. Sam combatia o kobold de igual para igual enquanto eu lentamente empurrava meu oponente contra a estatua.

Kavenagh abateu um kobold e largou sua espada para agarrar e arremessar o kobold na escuridão do buraco. Para nossa surpresa o kobold deslizou no que parecia uma rampa de gelo e escorregava para o desconhecido. Kavenagh seguiu o combate com as mãos nuas e arremessara um segundo kobold no abismo, enquanto eu e Sam dávamos cabo de nossos oponentes.

10 segundos após a queda do primeiro Kobold no buraco ouvíamos um grito de desespero do mesmo, junto de um assustador urro, o som de uma batalha e o trágico som do grito de morte do pobre kobold. Nossos osso tremiam de medo, mas tínhamos um combate a frente.

O feiticeiro se desvenciliava da cola e ativara o despositivo, fazendo a estatua se mover revelando uma escada que descia para a escuridão. Sam dava cabo do ultimo combatente, enquanto eu e mata ogro tentávamos em vão matar o líder deles antes da ativação da armadilha.

Findo o combate demoramos certo tempo para descobrir a alavanca secreta e fechar novamente aquela passagem com a estatua. Tivemos certo tempo de recolher os pertences, o tesouro e os alimentos que os kobolds traziam, mas logo ouvíamos batidas do outro lado da passagem que acabávamos de fechar.

Decidimos que enfrentaríamos o que fosse pois poderia haver uma saída do outro lado. Abrimos a passagem e nos posicionamos logo atrás da queda onde os kobolds haviam levado seu fim. Foi ai que nos demos com o arrepio: Um enorme bugbear, já decomposto em varias partes do corpo, se erguia com olhos cinzas pronto para nos devorar.

Um bugbear já é assustador, com seu corpo musculoso e aparecia de um meio urso, mas um zumbi de bugbear é mais assustador ainda. Kavenagh nos orientou a tentar empurra-lo na rampa, mas não conseguimos, a criatura era forte demais. Sam fora arremessado a metros de distancia com um golpe da clava do monstro. Kavengh retirava os dois frascos de água benta enquanto eu conjurava minha ultima magia de cura. Tentamos da primeira vez acerta-lo, mas tive que recuar para não ser trucidado pela maça estrela do zumbi. Kavenagh errava o primeiro frasco, mas a dispersão da água dava um momento exato para conjurar minha magia sobre ele e logo o víamos se debatendo.

Naquele momento recuei, mas o ataque acertara em cheio o peitoral de aço de maxim e o arrematava. Sam já havia se recobrado e bradava contra o monstro tentando chamar sua atenção e conseguiu.

Kavenagh enquanto caia atirava o ultimo frasco que em cheio acertava a nuca do bugbear. Sua pele se corroia com o toque da água e logo víamos um vão em sua armadura de carne. Avançamos os três, mas por longos 2 minutos sequer o arranhamos, até que com uma manobra arriscada Kavenagh conseguiu a proeza de cravar a Dente de Dragão no vão que a água benta fizera.

Logo a criatura dava seu ultimo urro de dor e caia sem vida... ou pós vida... ou sei lá o que. Uma esfera de ernegia negra levitava sobre seu cadáver e logo se desfazia em nada.



(Eu odeio bugbears... Eu odeio Zumbis... Mas um zumbi Bugbear é bem loco!)

Tratamos nossos ferimentos rapidamente e averiguamos que a escada levava para uma saída na montanha, decidimos empacotar os tesouros apreendidos ali mesmo e correr para chamar nossos companheiros. Em 2 horas já estávamos de volta a fogueira e vimos nossos companheiros cansados e esfolados comendo as migalhas que sobraram das rações.

Raldor logo deu tratamento aos feridos e curou minha perna definitivamente. Contamos o acontecido e trouxemos nossas novas provisões. Foi assim que conseguimos escapar da maldita armadilha de pedra que se tornava aquela montanha, mas ainda havia um forte a tomar e uma longa descida até a base da montanha.

Comentários

  1. tinha que ser o tonto do chaves ... quero dizer do Shadow ....

    Mas como sempre muito bom... continue assim

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