[PRIDE OF UNDERGROUND] - Fermi Paradox (Tub Ring)


Falar de Tub Ring é uma coisa difícil, pois fica mais fácil compreender o som dos caras lendo a biografia deles, ouvindo as musicas e tentando compreende-las. Mas façamos uma tentativa de resumi aqui:
A banda se formou em 1992 em Chicago com os integrantes sendo amigos de escola, com uma sonoridade meio padrão de rock semi-puxado para o punk eles continuaram a tocar até a entrada do tecladista para a banda que trouxe uma nova musicalidade e um estilo extremamente particular. Não posso dizer que a banda manteve esse estilo até hoje pois nenhum álbum deles é similar ao outro, há caracteristicas da banda mas há inovações a cada novo disco.

Podemos resumir o som deles como um rock alternativo e experimental com MUITAS influências de Mr. Bungle.
Já com suas caraterísticas, foram lançando albuns e tocando ao vivo junto com nomes como Dog Fashin Disco, Mindless Self Indulgence, Foxy Shazam, Clutch, Sleeptyme Gorilla Museum, The Birthday Massacre (bandas igualmente fodas, recomendações em breve) e assim alcançando seu 'lugar'
O album que falarei hoje é considerado por muitos fãs o melhor deles e já trás no nome uma das características da banda: Ciência
Fermi Paradox (paradoxo de fermi) foi uma teoria criada por Enrico Fermi com relação a coexistência no mesmo universo de seres humanos com alienígenas ser impossível, dados que eles não existem. Segue abaixo resumo tirado do wikipedia:

"O paradoxo de Fermi é a aparente contradição entre as estimativas de alta da probabilidade da existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências a favor, ou entre em contato com, tais civilizações.
A idade do universo e seu vasto número de estrelas sugerem que, se a Terra é típica, a vida extraterrestre deveria ser comum. Em uma conversa informal em 1950, o físico Enrico Fermi questionou por que, se uma multitude de civilizações extraterrestres avançadas existem na galáxia Via Láctea, evidências como espaçonaves ou sondas não é vista. Uma análise mais detalhada das implicações do tema começou com um artigo de Michael H. Hart em 1975, e é por vezes referido como o paradoxo de Fermi-Hart. Outros nomes comuns para o mesmo fenômeno se pergunta de Fermi (" Onde estão eles "), o problema de Fermi, o grande silêncio, universidades e silentium (latim para" o silêncio do universo "; a universidades Silencium ortografia também é comum)."

Bom estamos preparados assim para irmos ao album (lançado em 2002):

O álbum abre com 'I am the Robot', musica bem curtinha servindo como introdução básica pra o álbum, com um riff de guitarra interessante e efeitos de teclados bem evidentes e uma letra meio que curiosa que certamente foi inspirada em Isac Asimov.
'Invalid' é a segunda música e tem uma iniciação deveras diferente, uma letra meio non-sense com tema de fundo um piano meio que de trilha sonora que em pouco tempo já dá inicio a um ritmo similar ao rock comum, mas com a mesma base e tempo do piano inicial.
'Future was Free' já muda completamente, uma musica bem agitada que se tirássemos os 'samples' e o teclado constante da musica talvez pudessemos fazer um hardcore ou um 'semi-punk' dela. Como já se pode imaginar de uma musica com o titulo de 'o futuro era livre' de uma banda que gosta de ciência física, não é necessário dizer que a letra tem um temo cientifico nela (resumamos isso como paradoxo temporal misturado com política)
'Psychology is B.S.(not science)' é a musica que começa logo após a agitada 'Future was free' e não tem absolutamente nada a ver. Ela tem apenas um pianinho e bateria ritmica para dar ênfase ao piano com uma voz suave e cantada lentamente... se essa musica tivesse 15 minutos desse jeito poderia até ser rock progressivo, mas em uma versão abreviada em 3:08. Uma musica extremamente estranha mas interessante se prestada atenção nela. (nota: B.S. é uma abreviação para Bacharelado em ciência, o que pode-se presumir que o titulo é meio que 'psicologia é apenas um complemento da ciência')
'At the Seams' lembra MUITO Faith no More. Essas evidencias com Mr. Bungle, Faith no More, talvez Fantomas e tudo ligado ao Mike Patton é bem evidente na concepção da banda, o refrão dela é extremamente viciante mas o ritmo dela em si no decorrer da musica deixa um pouco a desejar, mas não é ruim. De resto é o tipo de musica que um fã de Faith No More gostaria.
'Livign With Rene's Head' é de longe minha musica predileta do album, ela começa felizinha em um ritmo similar a um reggae e muda constantemente para metal, rock, ska e alternativo sem aviso ou motivo algum. A letra (na minha concepção) não faz sentido quase, nada. Mas combinou com a música e a forma que é cantada. Até o momento não encontrei informações de que 'Rene' é esse citado no titulo da música, se alguem souber me avise.
'Fruit of Knowledge' tem um ar meio que épico e misterioso, com o ritmo que eles foram criando no decorrer do tempo, já criando assim a caracteristica da banda, nem pesado nem leve nem definido (infelizmente). A unica coisa que de fato dá caracteristica é a voz e o teclado, sem isso a banda seria clichê demais. A letra já mudou completamente de tema, já não é mais tão cientifica e como se pode presumir pelo nome da música (fruto do conhecimento) leva a pensar nas conseqüencias depois de adão e eva terem comido a maçã (e o refrão que diz 'roupas nos animais')
'Hands' é a mais agitada, pesada e estranha... 54 segundos de gritos direto seguidos por trombones e uma bateria bate-estaca clichê de punk... e o teclado presente dando a base
'Negative One' segue uma linha similar a 'Psychology is not B.S.' de 'semi-rock progressivo' mas como base musical pela musical temos agora uma CÍTARA que nos remete imediatamente a arábia. Nos refrão temos inclusos violinos que dão um tom ainda mais especial a música. Música que não chama muito a atenção, mas prestando atenção nos detalhes, se torna fabulosa demais.
'Fall Back' pode ser resumida usando padrões... tente imaginar um New Metal alternativo. Aí está. Mas ainda com as caracteristicas já citadas da banda (já está se tornando clichê falar isso, né?)
'Panic the Digital' tem uma introdução como se fosse uma musica de desenho infantil que logo é seguido por uma batida mais agressiva e tem um seguimento musical nos mesmo padrões de Fall Back mas mais bem trabalhado, apesar de ser bem ritmada e meio New Metal o vocal se mantém bem lento pra os padrões, música ótima.
'The Subsequent Rating Given To the Life and Times of Jack Valenti', tem um padrão bizarro de misturar dois ritmos na musica: uma parte bem calma e melódica e outra ao mesmo tempo bem agressiva com eventuais gritos mudando e ficando uma guitarra psicodélica (nota: Jack Valenti foi um dos diretores da associação de filmes norte americanos e o criador do sistema de restrições de idade para filmes)
'The Way to Mars' é a faixa de encerramento do album. Uma música bem calminha (que chega a ser repetitiva) com uma letra bem simples parecendo uma música de ninar. No meio da música ela para e são incluidos vários elementos nele, como por exemplo uma mulher falando de fundo como se fosse em um filme numa junção de sons bizarros como interferências de vários canais misturados a um remix doido e vai crescendo a frequência até o final onde tudo para subitamente.

No todo, a idéia do album é muito legal, as junções são colocadas de formas bem diversas e muitas colocações técnicas com 'mementos' de fatos bem aleatórios. Apesar de tudo, pensando bem, uma banda absurdamente GEEK.
Para quem não tem preconceitos com diversos gêneros musicais, gosta dos projetos do Mike Patton e/ou gosta de New Metal, uma banda altamente recomendável
Caso se interessem em baixar, o link é esse, link retirado deste blog.

Nota pessoa: 8,5

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