[PRIDE OF UNDERGROUND] - Look What I Almost Stepped In... (The Vandals)


Sei que o nome da coluna é PRIDE OF UNDERGROUND, mas por incrível que pareça essa banda é meio desconhecida (ou eu não conheço as pessoas que a ouvem)
The Vandals é uma banda de Punk Rock / Pop Punk formada originalmente em 1980 na California, meio que naquela ondinha de bandas punk que estavam nascendo na Califórnia. Banda já meio que marcada pela Van's Warped Tour, usa principalmente do humor para formar suas letras.
Como normal de toda banda, no começo da carreira era mais agressivo e mais simplório. Conforme os anos foram passando a sonoridade mudou um pouco e se tornou mais evoluída, mudando um pouco e tornando a banda mais evoluída (na minha concepção). O album que irei falar foi lançado em 2000 com uma capa bem sugestiva ao nome do album (olhe no que eu quase me meti...)
Sem mais delongas, vamos lá:



O album abre com 'Behind the Music', musica clássica de praticamente todo album de bandas desse genero, bastante rápido com todos os instrumentos ritmados sem muita novidade. Mas ainda assim é uma musica muito boa. Rápida e sem frescuras.
"Sorry, Mom and Dad" segue com um estilo ainda bem marcante de Punk, mas com o detalhe principal para a letra, narrada em terceira pessoa sobre um adolescente fodendo com sua vida e um aconselhamento de ir pedir desculpa a seus pais. Estranho não?
"Go" tem a bateria mais rápida que o usual, o que é um detalhe que vai marcando a cada música. A batida é as vezes ritmada como também tem umas viradas muito súbitas e fabulosas. O baixo bem definindo e um solo muito foda no meio dela com um balanço entre o vocal e um backing vocal que lembre MUITO a voz do Dexter Holland (vocalista do The Offspring). A letra não oferece absolutamente nada, mas é uma musica agitada e divertida.
"The New You" muda completamente o 'até agora' e segue a linha mais Pop Punk e é uma das musicas que mais me chama a atenção. A música tem uma pegada bem forte e direta, mas ainda assim a forma como ela é cantada torna ela melódica e nem um pouco pesada. Outro porém é a letra que fala sobre um cara que teve algo com uma garota e após o termino do relacionamento muda completamente. Aquela que ele conhecia não existe mais, apenas o 'novo ela' que praticamente fode com tudo que ele imaginava, o 'novo ela' que despreza ele quer mais é que ele morra. Algo que se torna reciproco ao final da música.
"Flowers are pretty" nem punk parece pra mim, e sim um rock alternativo com influencias de hardcore. A letra se torna mais densa e bastante sardônica (humor negro eminente). Para muito o que seria considerada a pior música do album é apenas a mais destoante e sem um detalhe musical realmente que chame a atenção que não os solos de guitarra que seguem a cada refrão.
"Jackass" começa calminha com a mesma voz de Dexter Holland com um pequeno detalhe, ele faz backing vocal nessa música (como também ajudou a compor)! Ela vai aumentando de tom gradativamente até o refrão que gruda completamente na cabeça. Como resumo, pense numa música do Offspring do album 'Splinter'. É isso. (lembrando também que a letra também é foda)
"What About Me?" parece meio Blink 182 na fase ainda boa (Dude Ranch... que saudades) com o detalhe principal para o baixo que está de foder, maravilhoso. E a letra bem melosa e idiota, parece que foi composta por um adolescente, mas isso deixa ela mais legal ainda com o ritmo desse jeito, dá uma atmosfera perfeita.
"You're not de boss of me (Kick It)" nem punk é, sinceramente e me perdoe quem acha. Virou completamente rock alternativo meio indie e bem animadinho. Única musica do album composta e escrita pelo vocalista, tem de uma bateria parecendo eletrônica um tecladinho estranho, guitarra ora ritmada ora inconstante e baixo idem, vocal meio destoante e letra interessante até... Não é uma música ruim mas é a que mais destoa do album inteiro.
"I'm the boss of me" segue depois com... como posso dizer... ah, foda-se: ABSOLUTAMENTE FODA. Letra humoristica politizada com uma bateria rápida pra cacete com uma guitarra ritmada e com solos na hora certa o baixo marcante e bem definido e os vocais bem feitos com gritos fodas também... enfim, a melhor música do album seguindo perfeitamente a linha inicial do album mas bem mais trabalhada e madura. Repare no nome da música anterior e na dessa.
"That's my girl" começa com um ritminho como se fosse uma banda meio pop rock dos anos 80 e segue para o punk rock clássico da mesma linha de "What about me?" com a letra sobre a namorada do cara que a toda maldita vez que vai numa festa bebe tudo que vê na frente e: 1 - vomita em todo mundo / 2 - desaparece subitamente / 3 - dá em cima dos maridos das mulheres / 4 - e por aí vai...
"Get a Room" é o tipo de música que fica na cabeça um bom tempo, parece música de encerramento de show. Solinhos grudentos com a bateria ritmada e meio calma com o baixo linear e o vocal bem audível e sem desesperos... com uma letra falando sobre os casais que ficam se pegando pela rua praticamente fazendo sexo em publico. Ou seja, por favor arranjem um quarto (get a room) e faça o mundo feliz. Se fosse para ver felações eu veria na internet.
"San Berdu" não tem tanta inovação mas ainda assim é uma musica clichê de punk rock feita pelo The Vandals que para uma pessoa que ouve o album pela primeira vez já tem a impressão de como é o som deles. Parece estar reafirmando apenas. Um pouco mais melódica mas não deixa de ser uma música bem divertida e boa.
"Crippled and Blind" volta ao começo do album, com uma letra tão engraçada quanto as que tem no meio do album. Uma mistura que ficou bem feita. Distorções fodas e o ritmo ora rápido ora padrões.
"Fourteen" é a música perfeita para as pessoas já maiores de idade apaixonadas por meninas de 14 anos (ou na faixa). A letra é especificamente sobre isso (trechos como 'I can't make love to you because you're 14' ou 'there'll be a day when a love like ours will not be a crime') e tals. Um ritmo similar com 'Flowers are pretty' mas bem mais trabalhada com uma letra até que engraçada, mas nada de inovador no instrumental apesar do fato dela ser bem 'bipolar' (o que ficou bem legal). Com detalhes que os backing vocals são feitos por Jack Black e Kyle Gass.

Conclusão:
Vocês devem ter reparado que eu volto bastante na questão das letras. Algumas pessoas costumam falar que punk não tem letra mas é uma completa mentira quando se prestado atenção. Todas as músicas tem algo de acrescentar (me desculpe a quem goste, mas funk axé pagode e outros não é música e sim um estupro auditivo) e basta prestar atenção nos nuances, sejam cantados ou musicados ou na letra. Apesar desse album ter as letras engraçadas, algumas músicas são bem diretas quando analisadas corretamente o que é algo muito positivo e que fez eu gostar muito desse album.
O instrumental, principalmente a bateria, são muito bem feitos. O album não tem muita inovação mas até aí são fatos que devem ser relevados, afinal é um album divertido, bem feito e que vale a pena se ouvir mais de 1 vez (ou mais de 15 que é meu caso)
Recomendado a todos que gostam de Punk Rock / Pop Rock descente e principalmente The Offspring.
Esse CD é possível achar para se comprar, mas é MUITO raro. Portanto, ouça e se divirta.

Nota Pessoal: 8,5

Ps: eu achava que o dificil seria escrever sobre os cds, mas o dificil mesmo é escolher um que eu vá falar. Porra, são tantos...

Comentários

  1. Esse estilo de banda é muito bom, pois é um punk casual, que não enjoa, você pode ouvir repetitivamente e nem vai se ligar.... e "I'm the boss of me" é muit boa mesmo

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