RPG: Até onde as adaptações se adaptam?

Quem nunca ficou barvo pois o seu personagem n~ao faz a mesma coisa em um jogo do que no desenho? Quem nunca quis usar o goku para destruir um planetinha qualquer com uma Genki-Dama com Kayoken x37, no modo super sayajin 12? Eu tive uma experiencia boa e ineteressante de jogadores que tiveram esse sentimento...

Nesse fim de semana mestrei duas cessões seguidas de 3d&t, usando uma ambientação de humor, deixando a liberdade para que todos os jogadores, na maioria iniciantes, escolhecem qualquer personagem de filme ou desenho, que logo eu os adaptaria e os inseriria na historia.

Acabei tendo que encaixar 4 personagens incomuns: Setsuna a sailor plutão do desenho sailor moon, a bruxa Tonkes do harry potter, a ororo tempestade dos X-men e um elfo guerreiro/mago, vindo direto da terra media apelidade de "Legaylas".

Por mais que não acreditem conseguimos fazer uma trama interessante, sempre com humor em vista, ja que todos são personagens iconicos, tendo eles que enfrentar seus arquinimigos como bem outros personagens de street fighter, cavaleiros do zodiaco e dos proprios desenhos citados.

O que percebi é que, apesar da diversão que tivemos em poder ter essa liberdade de usarmos quem quisessemos sem afetar realmente o mundo de campanha (tóquio) em si, percebi que em certos momentos os jogadores iniciantes se frustaram devido as regras não abrangerem alguns dos poderes de seus personagens, mesmo eu distorcendo as mesmas para ajuda-los.

Um exemplo foi quando a personagem Tonkes tentou usar uma magia que tecnicamente "Mata"o inimigo após um acerto, como nunca assisti Harry Potter, nem li os livros, coonsiderei apenas como um dos ataques magicos listados na ficha da personagem, a questão é que mesmo ela tirando um acerto critico e dando o dano maximo dobrado, isso não seria o suficiente para matar Valdemort, que era o vilão da Historia, contudo eu expliquei melhor os motivos para tal e eles compreenderam, mas depois muitas duvidas vieram nessa questão após a cessão.

A questão é que mesmo quando tenta ajudar os jogadores com prsonagens mais flexiveis, ainda assim as regras impedem muitas das habilidades dos personagens e vulnerabilidades dos oponentes, como a tempestade não poder utilizar certas magias que não possuem os mesmos efeitos que no desenho, ou os inimigos do harry potter não ficarem completamente incapacitados após perderem suas varinhas.

(Por que eu não posso invocar o meu megazord? Só por que sou nivel 1?)

Tendo isso em vista percebi o quão mais facil é mestrar RPG's centrados na criação de personagens unicos a partir de regras e não na adaptação das regras a personagens existentes. Não havia percebido isto pois sempre mestrei campanhas de D&D 3.5 onde sempre encorajei a criação, somente após minha terceira ou quarta cessão de 3d&t percebi este anseio dos jogadores.

Com isto encerro com uma dica que é a seguinte: Se seu estilo de campanha for com um tom humoristico, deixe que os personagens liberem sua imaginação, apenas proiba eles de acabar com a diversão do mestre em contar a história, como por exemplo alguem dizer que só por que no filme seu personagem mata com a força do peido no jogo ele tambem conseguirá isto...

Se sua campanha se passar em um tema mais sombrio ou mesmo no estilo hack-n-slash (Matar, pilhar, destruir), faça com que seus jogadores entendam a importancia das regras na sequencia do jogo e tentem se ater um pouco mais para facilitar seu trabalho e a diversão do grupo como um todo. Sempre lembre seus personagens de não forçarem muito as "apelações" de seu personagem, pois um mestre infeliz sempre acaba em carnificina total...

Na duvida sigam a regra de ouro

E vocês? Dá para adaptar um anime totalmente em um jogo, mesmo ele sendo eletronico?