"Daqui a cinco ou dez anos, uma coleção de 300 DVDs de filmes ou séries de TV caberá em um único disco do mesmo tamanho.
A possibilidade foi aberta por um trabalho feito por pesquisadores na Austrália, que mostraram como é possível desenvolver um super-DVD com dados gravados em cinco em vez de duas ou três "dimensões".
Isso aumentará a capacidade do disco de 4,7 gigabytes (a de um DVD padrão) para até 10 terabytes --2.000 vezes mais.
Tanto os CDs de música quanto os DVDs com imagens ou dados são discos ópticos, que dependem da luz laser para serem gravados e lidos. Microscópicos buracos e elevações na superfície do disco armazenam as informações ao refletirem o laser de maneira diferente.
Já o super-DVD australiano incorpora duas novas dimensões, uma baseada no espectro luminoso --a cor--, outra baseada na polarização, uma espécie de alinhamento no mesmo plano dos raios de luz.
A pesquisa foi feita por Peter Zijlstra, James Chon e Min Gu, da Universidade de Tecnologia Swinburne, de Hawthorn, Austrália, e está descrita na edição de hoje da revista "Nature".
A novidade foi incorporar microfilamentos de ouro --ou nanobastões-- na superfície do disco. As nanopartículas são "queimadas" pelo laser durante a gravação e refletem a luz durante a leitura de acordo com seu formato. Isso permite gravar os dados no mesmo ponto do disco, em outras camadas.
"Nós fomos capazes de mostrar como material nanoestruturado pode ser incorporado em um disco para aumentar a capacidade de armazenamento sem aumentar o tamanho físico do disco", declarou o líder da pesquisa, Min Gu.
"Nós pudemos gravar com grau zero de polarização. Em cima disso, gravamos outra camada de informação com 90 graus de polarização, sem que uma interfira na outra", declarou James Chon.
Os pesquisadores têm um acordo com a empresa Samsung para desenvolver o super-DVD comercialmente.
O que permite o grande aumento da estocagem de dados é o modo como eles integram as cinco "dimensões" em experimentos que envolveram até dez camadas de armazenamento.
Um dos experimentos usou dois canais de polarização e três diferentes comprimentos de onda. O resultado mostrou que, num disco óptico do mesmo tamanho de um CD ou DVD, seria possível armazenar 1,6 TB (terabyte) de informações (isto é, 1.600 gigabytes). Em 1 TB é possível gravar 300 filmes de longa metragem ou 250.000 músicas.
E, se for reduzida a espessura das camadas entre as que registram os dados, o disco poderia chegar a 7,2 TB -- mesma capacidade de armazenamento que 1.531 DVDs comuns.
O novo disco pode facilitar o armazenamento das pesadas imagens médicas feitas por ressonância magnética, ou dados financeiros, de segurança e militares. A maior disponibilidade de armazenamento também poderá facilitar a proteção dos dados pela criptografia.
Se os filamentos forem de prata em vez de ouro, o custo de produção poderia ser 1% do custo atual, diz o grupo."
A possibilidade foi aberta por um trabalho feito por pesquisadores na Austrália, que mostraram como é possível desenvolver um super-DVD com dados gravados em cinco em vez de duas ou três "dimensões".
Isso aumentará a capacidade do disco de 4,7 gigabytes (a de um DVD padrão) para até 10 terabytes --2.000 vezes mais.
Tanto os CDs de música quanto os DVDs com imagens ou dados são discos ópticos, que dependem da luz laser para serem gravados e lidos. Microscópicos buracos e elevações na superfície do disco armazenam as informações ao refletirem o laser de maneira diferente.
Já o super-DVD australiano incorpora duas novas dimensões, uma baseada no espectro luminoso --a cor--, outra baseada na polarização, uma espécie de alinhamento no mesmo plano dos raios de luz.
A pesquisa foi feita por Peter Zijlstra, James Chon e Min Gu, da Universidade de Tecnologia Swinburne, de Hawthorn, Austrália, e está descrita na edição de hoje da revista "Nature".
A novidade foi incorporar microfilamentos de ouro --ou nanobastões-- na superfície do disco. As nanopartículas são "queimadas" pelo laser durante a gravação e refletem a luz durante a leitura de acordo com seu formato. Isso permite gravar os dados no mesmo ponto do disco, em outras camadas.
"Nós fomos capazes de mostrar como material nanoestruturado pode ser incorporado em um disco para aumentar a capacidade de armazenamento sem aumentar o tamanho físico do disco", declarou o líder da pesquisa, Min Gu.
"Nós pudemos gravar com grau zero de polarização. Em cima disso, gravamos outra camada de informação com 90 graus de polarização, sem que uma interfira na outra", declarou James Chon.
Os pesquisadores têm um acordo com a empresa Samsung para desenvolver o super-DVD comercialmente.
O que permite o grande aumento da estocagem de dados é o modo como eles integram as cinco "dimensões" em experimentos que envolveram até dez camadas de armazenamento.
Um dos experimentos usou dois canais de polarização e três diferentes comprimentos de onda. O resultado mostrou que, num disco óptico do mesmo tamanho de um CD ou DVD, seria possível armazenar 1,6 TB (terabyte) de informações (isto é, 1.600 gigabytes). Em 1 TB é possível gravar 300 filmes de longa metragem ou 250.000 músicas.
E, se for reduzida a espessura das camadas entre as que registram os dados, o disco poderia chegar a 7,2 TB -- mesma capacidade de armazenamento que 1.531 DVDs comuns.
O novo disco pode facilitar o armazenamento das pesadas imagens médicas feitas por ressonância magnética, ou dados financeiros, de segurança e militares. A maior disponibilidade de armazenamento também poderá facilitar a proteção dos dados pela criptografia.
Se os filamentos forem de prata em vez de ouro, o custo de produção poderia ser 1% do custo atual, diz o grupo."
Agora só nos resta saber quando séra comercializado essa nova "tecnologia" e o custo final dela 8B.
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